Atualmente, o "Baú de Roupas - Brechó" trabalha com roupas e acessórios femininos (sapatos, bolsas, cintos, óculos e joias). Oferecendo as suas clientes peças novas e seminovas, podendo ser de marcas comuns ou não conhecidas (naquele preçinho) e trabalhando também com marcas de grifes renomadas (muitíssimo mais em conta do que uma peça nova na loja).

 

Quando falamos em guarda-roupas feminino, peças ali guardadas sem uso, é o que mais tem. Roupas novas, muitas vezes ainda com a etiqueta. Sapatos e bolsas que foram usados pouquíssimas vezes e estão em perfeito estado, já se encontram ali sem utilidade, apenas ocupando espaço.

 

Muitas vezes, a compra desses produtos foi realizada no impulso, e quando essa mulher chegou em casa, viu que nem gostou tanto assim da peça. Outras vezes, a peça ficou um tempo guardada e quando a pessoa teve a oportunidade de usar, ela mudou de peso e a mesma já não servia. Ou ainda houve uma mudança no estilo pessoal e aquele produto parou de fazer sentido naquela fase da vida daquela pessoa.

 

Por isso, nada mais sábio, do que passar essas peças para frente. O que pode não ser mais útil para alguém, pode fazer os olhos de outra pessoa brilhar. Quando você tira peças do seu armário que você não utiliza mais, você abre espaço para coisas novas entrarem. Além é claro, de ganhar um $$ dim dim $$ extra. Aqui no Baú, trabalhamos com peças que compramos das pessoas que desapegam e também com peças consignadas.

 

 

QUAL O OBJETIVO E DIFERENCIAL DESSE BRECHÓ?

 

O objetivo do Baú é proporcionar autoestima para as mulheres de maneira acessível e sustentável. Como? Oferecendo produtos de moda para que elas se sintam bem consigo mesmas, confortáveis, bonitas, realizadas e seguras de si. Produtos esses, que são comprados de consumidores que os deixavam parados e sem uso dentro de seus armários, fazendo com que a moda seja circular e contribuindo dessa maneira para uma moda mais sustentavel e um planeta com um futuro melhor para nós e para as próximas gerações.

 

Através do nosso Brechó, as mulheres podem adquirir peças que se fazem necessárias no dia a dia e em ocasiões especiais, assim como produtos que são desejos de consumo para elas, e por isso também se tornam uma necessidade, a um preço muito mais em conta do que o praticado por lojas de roupas e acessórios novos.

 

Oferecemos acessibilidade em termos financeiros, para que todas as mulheres possam se sentir prontas para viverem bem e encararem o mundo da maneira que desejam. Oferecemos a oportunidade para que as mesmas possam mostrar sua personalidade e transmitir a mensagem que desejam através de seus looks.

 

O principal diferencial do Báu de Roupas é a qualidade. A experiência que desejamos oferecer as nossas clientes, é a mesma de que ela teria comprando em uma loja de produtos novos, pois não trabalhamos com peças rasgadas, furadas, manchadas, desbotadas ou com aquele tecido muito "batido", por que foi muito usado. Pois prezamos pela qualidade de nossas peças. Ofertamos apenas roupas e acessórios em bom estado. Além de prezamos pela autenticidade e originalidade das marcas que trabalhamos. Para isso, todas as peças passam por um processo de curadoria e inspeção minuciosa.

 

Nós queremos que nossas clientes comprem as peças e fiquem felizes quando a mesma chegar na casa dela e ela abrir o pacote. Queremos poder fazer o dia delas melhor e abrir um sorriso em seus rostos. Afinal, essa mulher pagou por um produto e para ela é novo. Então é justo que ela possa usa-lo, sentindo-se bem e linda. Até por que, se não fosse assim, não faria sentido comprar uma peça em um brechó.

 

Outro diferencial do nosso brechó, é em relação a trocas e devolução das peças. Sabemos que muitos brechós físicos nas cidades e online apenas por instagram, não trocam as peças, caso não tenha servido ou ficado boa, muito menos devolvem o dinheiro. Para vendas online, há uma lei na qual se o consumidor se arrepender da compra, é só ele devolver a peça no mesmo estado em que foi entregue ao lojista, e o mesmo é obrigado a devolver o dinheiro ao consumidor

 

Já no caso de troca, a mesma não é obrigada a ser feita, caso o consumidor não goste do produto ou ele não tenha servido. Pela lei, a troca de um produto pelo outro, apenas é obrigada se o produto vier com defeito de fabricação (o que não se aplica para o nicho de brechó). 

 

Mas é claro, que nós aqui do Baú, cumprimos a lei do arrependimento de compra. Ou seja, se nossa cliente comprar e se arrepender, nós devolvemos o dinheiro. E mais que isso, oferecemos sim a troca gratuita as nossas clientes, caso ela não tenha gostado do produto ou o mesmo não tenha servido. Tudo isso, para que ela possa se sentir segura e sem medo ao comprar da gente. Para que possamos estabelecer uma relação de confiança e duradoura com nossas clientes.

 

 

POR QUE COMPRAR DE BRECHÓ É SUSTENTAVEL?

 

A indústria da moda é a segunda mais poluente do mundo, só fica atrás da indústria petroquímica (de petróleo).

 

Com as tendências mudando a cada estação e o incentivo por parte dos influenciadores, artistas e da mídia por um consumo desenfreado, cada vez mais roupas e acessórios são produzidos e as pessoas deixam de usar rapidamente o produto da coleção passada, na maioria das vezes, se desfazendo deles.

As lojas de departamento de “fast fashion”, encurtam mais ainda esse ciclo de uma estação para a outra, criando inúmeras coleções dentro de uma mesma estação, chegando ao ponto de criar centenas de roupas diariamente.

 

Principalmente nos EUA e em países europeus, essas lojas de “fast fashion” (moda rápida), vendem seus produtos a preços baixíssimos e para isso utilizam trabalho escravo em países subdesenvolvidos. A mão de obra é feita na sua maioria por crianças e mulheres, que moram e trabalham em um lugar sem condições mínimas de segurança e higiene e recebem centavos por dia como pagamento. Dormem apenas 4 horas, o resto doa dia trabalham. Porém, essa conduta não é apenas de marcas de “fast fashion”, muitas marcas de luxo também utilizam o mesmo procedimento para fabricar seus produtos.

 

Atualmente, muitas marcas brasileiras, também produzem no estrangeiro, utilizando-se de mão de obra escrava. E ainda dentro do Brasil, grifes nacionais, tem suas roupas costuradas em “fações clandestinas”. Isso acontece principalmente em São Paulo, no bairro do “Bom Retiro” e no “Brás”. Lá dentro tem muitos bolivianos e pessoas de outros países vizinhos que estão em estado de pobreza, e que veem par cá com a promessa de trabalho e uma vida melhor. Estes são enganados, colocados para morar e trabalhar em cubículos, sem condições nenhuma de higiene, segurança e algum conforto. Trabalham horas a fio. Seus passaportes são confiscados pelo dono da facção de costura e eles ficam presos no local, sem poder sair de lá.

 

Além de toda essa triste realidade, a indústria do jeans utiliza milhões de litros de água, para o processo de lavagem e desgaste do tecido. E contamina a mesma, com inúmeros corantes e produtos químicos. Sendo que a maioria dessas indústrias não fazem o tratamento na água utilizada antes de joga-la fora, de maneira que poluem e contaminam assim os oceanos e fontes de água potável. No mundo, em torno de 20% da poluição da água é associada à atividade industrial vem do tingimento e tratamento de produtos têxteis.

 

Um outro grande problema, é no descarte final das roupas. Muitos países ricos, jogam as roupas que os consumidores não querem mais, em lixões a céu aberto de países subdesenvolvidos. Lixões cada vez maiores e exalam gases tóxicos na atmosfera. Sabemos que roupas de tecidos sintéticos e materiais de plástico demoram de 450 a 500 anos para se decompor.

 

Ou seja, quando você compra de “fast fashion” e de determinadas marcas, você está incentivando de maneira indireta tudo isso. Infelizmente muitas pessoas nem sabem de todo esse processo e que tudo isso ocorre.

 

Por isso, quando uma pessoa compra de um brechó, a atitude dela contribui para que menos roupas sejam produzidas. Imagina se um grande número de pessoas começarem a comprar de brechós, a indústria perceberá a queda na venda de produtos novos e com isso diminuirá essa produção desenfreada. E isso contribuirá de maneira muito positiva para o meio ambiente. Mas também existe uma outra questão de extrema importância, essa atitude também revela o “não apoio” ao trabalho escravo. E com certeza isso fará com que as marcas repensem.

 

 

QUEM É O ROSTO QUE ESTÁ POR TRÁS DO BRECHÓ?

 

Meu nome é Daniela Pavani, tenho 33 anos e moro em Maringá-PR.

Sou designer de moda (formada pela Unicesumar em 2010) e trabalhei muito tempo como styling e produtora de moda. Por isso, ao longo do tempo, adquiri muitas peças para meu acervo de trabalho.

Além disso fiz uma Pós-graduação (MBA em Gestão de Negócios no Mercado da Moda, Design e Luxo – Unicesumar 2016), na qual fiz meu artigo final sobre sustentabilidade dentro da moda, e me apaixonei pelo tema. Descobri coisas que não sabia e adquiri muito conhecimento. Sendo que um dos nichos da moda Sustentável é o Brechó.

 

Eu possuía 1 baú gigante em baixo da minha cama, cheio de roupas minhas, a maioria novas, que eu nunca tinha usado, muitas ainda com etiqueta. Meu pai falava que dava para montar uma loja com a quantidade de peças que eu tinha.

Além da parte superior do meu guarda roupa, que servia para colocar malas, chamadas de “maleiros”, entulhada de peças que eu não usava. Sapatos então, mais de 30 pares que eu deixava lá parado, sem uso. Todos em bom estado.

Fora isso, tinha mais 1 guarda-roupa no quarto do meu irmão (pois ele se casou e mudou de casa) abarrotado de peças. Tudo peças que não me serviam mais, pois eu tinha ganhado peso. Sendo que algumas eu tinha usado uma ou duas vezes e outras eram novas.

E ainda tinham as peças que eu guardava em outro armário, sendo roupas e muitos sapatos de outras numerações, que eu utilizava como acervo para produção de moda (apenas para tirar foto).

 

Com o conhecimento sobre moda sustentável e com essa quantidade de peças paradas, começou a fazer sentido eu passa-las para frente. Ainda com dó de me desapegar, fui incentivada pela minha mãe e por amigas a seguir em frente com a minha ideia e comecei a anuncia-las na plataforma do Enjoei e posteriormente no Facebook e Instagram. Primeiramente foi um desapego pessoal, depois outras pessoas começaram a me pedir para que vendesse as peças delas também.

 

Por não possuir dinheiro para locar um espaço e fazer uma loja física, resolvi investir em uma loja virtual. E aqui estou eu! Começando meu pequeno negócio com muito entusiasmo e alegria e querendo fazer a diferença na vida de muitas pessoas e no mundo.